Atualizado em 9 de agosto | 2021 por
Na escola, as práticas inclusivas começam na gestão escolar e se estendem até a sala de aula. Dentro deste contexto, promover exemplos de práticas inclusivas é colocar em ação o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e também fornecer apoio socioemocional aos estudantes.
Assim, gestores e educadores têm a oportunidade de refletir sobre exemplos de práticas inclusivas. Quer conhecer alguns deles? Acompanhe!
O que são práticas inclusivas, capacitismo e acessibilidade?
Dentro dos espaços educacionais, o debate sobre exemplos de práticas inclusivas é muito relevante. Mas antes de encaminhar a prática, é importante introduzir à comunidade escolar o conceito de capacitismo.
No capacitismo, questiona-se a capacidade do outro, ou seja, é um tipo de preconceito. Eliminar o capacitismo dentro de uma instituição de ensino é papel de todos. Em virtude disso, gestores precisam estar constantemente procurando formas de distanciar sua equipe de atitudes capacitistas.
Conhecer a diferença entre inclusão e acessibilidade também é fundamental. A acessibilidade ocorre quando os locais e equipamentos disponíveis nos espaços estão adaptados para a utilização dos alunos com deficiência, o que inclui, por exemplo, as salas de recursos multifuncionais. Possibilitando, assim, a inclusão. Contudo, não basta apenas oferecer as adaptações de acessibilidade para praticar a inclusão, também é preciso guiar e apoiar os alunos de forma acolhedora para que sintam-se parte do processo. Isto é, fornecer suporte socioemocional e informações.
Quais são as práticas pedagógicas inclusivas?
Olharemos agora para os exemplos de práticas inclusivas pela perspectiva das práticas pedagógicas. Entre os efeitos benéficos dessa prática, podemos citar a promoção de um acolhimento que cumpre com aspectos da legislação e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), além do fortalecimento da empatia e do respeito entre os estudantes.
Além disso, a imagem da escola ganha contornos positivos, de modo que a comunidade escolar passa a associá-la a um ambiente de aprendizado e convivência inclusiva. Confira alguns exemplos de práticas pedagógicas inclusivas:
- Acesso à educação para todos: conforme consta no Artigo 208 (Constituição Federal de 1988), existe a garantia de “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Dessa maneira, o aluno possui amparo legal para ter todo o suporte do qual necessita para frequentar a escola de ensino regular.
- Todo aluno se desenvolve: embora alguns alunos possam ter comprometimento intelectual, mesmo que os resultados a longo prazo sejam pequenos, todos os estudantes desenvolvem habilidades na escola, quando são incentivados ou desafiados. Ao mesmo tempo que isso acontece, os educadores avaliam os resultados mediante empenho e dedicação.
- O convívio escolar: é um grande exemplo de práticas inclusivas, pois contribui para o respeito, a empatia e a significação de conhecimento de forma mais autônoma. O ritmo de aprendizado é respeitado e o foco é descentralizado apenas do conteúdo. Em outras palavras, o educador atua como mediador, buscando sempre atividades que agreguem valores junto ao grupo.
Exemplos de práticas inclusivas para a gestão escolar
Podemos pensar ainda em alguns exemplos de práticas inclusivas pela perspectiva da gestão escolar:
- Capacitação: os gestores podem estimular e oferecer capacitações para os professores. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) já é realidade em muitas instituições de ensino. Nesse caso, a gestão acompanha e fornece formação continuada para melhorar as práticas do educador. Além disso, outros funcionários da escola podem estar envolvidos na temática.
- Adequação de instalações: é fundamental para que os alunos tenham mais autonomia. Isso porque, espaços inclusivos trazem ao estudante a possibilidade de livre circulação na escola. Por isso, junto com aquelas adaptações regulamentadas por lei, é preciso pensar também em equipamentos e materiais extras, como por exemplo, tecnologias e recursos gamificados, que ajudam a ganhar o interesse dos discentes.
- Material didático: o material didático é um fator importante dentro dos exemplos de práticas inclusivas, não apenas por trazer informações, mas também por promover a participação dos alunos nas aulas. O SAS pode ser um importante parceiro nesse aspecto, já que desenvolve materiais didáticos personalizados para as necessidades das escolas e fornece plataformas digitais que são interativas e inclusivas.
- Proximidade com os alunos e as famílias: com o intuito de implementar a gestão escolar democrática, manter uma boa relação com alunos e famílias faz parte dos exemplos de práticas inclusivas. Aqui, a sugestão é que a escola estabeleça uma relação de acolhimento e confiança para com a comunidade escolar. Demonstrando interesse, conversando sobre o histórico do aluno e certificando que ali é um local de acolhimento.
Quer conhecer mais sobre os benefícios de fortalecer a relação escola e família, clique aqui e confira um texto especialmente sobre o assunto.
Exemplos de práticas inclusivas para a sala de aula
Incluir no currículo escolar atividades interessantes que podem ser desenvolvidas pelo professor em sala de aula é importante para estimular não apenas a criatividade do docente e o processo de inclusão, mas também para promover o pensamento crítico dos alunos, que passam a pensar em ações de inclusão que extrapolam o ambiente escolar.
Confira alguns exemplos de práticas inclusivas direcionadas para a sala de aula, que servem de inspiração para os educadores:
- Flexibilidade de brincadeiras: seja flexível ao propor brincadeiras. Discuta com os seus alunos a ideia de desprender o gênero dos jogos, ou seja, sem discernir o que é brincadeira de meninos ou meninas.
- Desenvolva uma rotina: ao mesmo tempo que contribui para a organização da sala em geral, a determinação de uma rotina também ajuda no fortalecimento das funções executivas. Desse modo, todos os alunos conseguem ir aos poucos aumentando seu senso de autonomia e organização.
- Faça um bom planejamento: sugerir atividades interdisciplinares e incentivar a participação dos alunos nas aulas são ações que partem de um bom planejamento, que alinha o corpo docente às expectativas dos alunos e famílias.
- Realize atividades acessíveis a todos: no momento de planejar, todos os detalhes devem ser pensados, inclusive aqueles que envolvem espaços físicos. Dessa forma, pensar nas etapas da aula tendo como objetivo a participação de todos é um bom exemplo de práticas inclusivas.
Que características profissionais um professor inclusivo deve cultivar?
Profissionais inclusivos precisam pensar, primeiro, em investir em formação continuada. Assim, o professor desenvolve a habilidade de integrar os alunos ao mesmo tempo que valoriza os potenciais de cada estudante em particular.
Além disso, são profissionais atentos à adequação do material didático, que o acompanha no dia a dia da sala de aula. Assim, ele terá apoio adequado no momento de pensar em atividades inclusivas.
Habilidade, conhecimento e competência são características que agregam muitos nos exemplos de práticas pedagógicas. Certamente, esses professores também carregam consigo valores como a empatia, disposição para aprender sempre, amor pela profissão e dedicação constante.
Os cursos de formação continuada oferecidos pelo SAS podem ajudar professores e gestores na jornada inclusiva. Conheça nosso catálogo:
Atenção: inclusão é tema do ENEM!
Além do assunto ser importante para a gestão e prática pedagógica de qualquer escola, contribuindo na formação dos alunos como cidadãos, os temas de inclusão e capacitismo são recorrentes no ENEM.
Para abordar exemplos de práticas inclusivas como tema de aula, os professores podem explorar a redação, atividades gramaticais e interpretação de texto. Esta estratégia também é válida para trabalhar imagens históricas e textos literários.
Tratar de temas como capacitismo, focando no potencial que todos possuem também é relevante, até para desenvolver habilidades socioemocionais, conforme exigência da BNCC. Além disso, é interessante debater assuntos como a normatividade corporal (estéticas e padrões corporais) e o bullying.
Mesmo que o ENEM seja feito pelos alunos do Ensino Médio, uma sociedade mais inclusiva e tolerante começa no Ensino Infantil e Fundamental, que informam e acolhem os estudantes.
O SAS é um parceiro fundamental para trilhar essa jornada de sucesso com os alunos e familiares, pois os materiais são sempre alinhados com os conteúdos da BNCC. Quer saber mais? Entre em contato com um dos consultores SAS:
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