Atualizado em 6 de maio | 2024 por Adriana Hasin

O mundo que vivemos movido pela tecnologia, é repleto de promessas, bem como de desafios. Assim, automação, IA, robótica e algoritmização de sistemas apontam para um futuro de maior produtividade e potencial de melhoria das nossas vidas. Mas o farol que ilumina o futuro, também cria as sombras do desconhecido.

Há muito, a ficção narra cenários de robôs e máquinas que substituem trabalhadores. Quão longe estamos dessa realidade? Quanto falta para que a presença humana nos processos produtivos seja eletiva?

Quando o futuro começa?

Não precisamos de nenhum grande esforço de imaginação futurista para antever tal cenário. Nem precisaremos esperar por muito tempo.

Ademais na vida cotidiana, a prestação humana de serviços vem sendo substituída pela mediação digital: operações de caixa, serviços bancários, gestão de estoque, comércio online são exemplos do declínio de humanos em determinadas ocupações no mercado de trabalho contemporâneo.

Mas tal realidade não se traduz em uma profecia de crises de empregos. Pelo contrário, temos visto o surgimento de novos campos de trabalho e a abertura de novas frentes de atuação profissional e especialização de saberes.

Por isso, a edição 2023 do relatório The Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, é categórica: até 2027, a digitalização causará uma significativa rotatividade no mercado de trabalho. Mais rotatividade significa crise de empregos?

Estudos inferem que até 2025 haverá um aumento de 6% de automação em detrimento de mão de obra humana em certas ocupações; na mesma medida, estima-se taxa de ocupação de mão de obra humana em profissões emergentes 5,7% maior no mesmo ano.

Assim, segundo o relatório, não há motivos para preocupação: as novas tecnologias contribuem positivamente para a criação de empregos e novos campos de atuação já são pródigos em vagas em aberto, com demanda crescente por profissionais qualificados.

Além disso, é o caso de especialistas em IA, big data, cloud computing; analistas/cientistas de dados, especialistas em aprendizado de máquina e em segurança cibernética, transformação digital, business inteligence, sustentabilidade, meio ambiente e governança. Dessa forma, para quais desafios devemos preparar a geração de trabalhadores do futuro, que já está sentada nos bancos escolares?

As escolas na construção do futuro

Estamos testemunhando uma revolução nas carreiras, impulsionada por disrupções promovidas pela tecnologia e pelas mudanças de necessidades globais. Além disso, formações tradicionais não preenchem mais a totalidade das lacunas de empregabilidade do mercado e imaginar que, para atender tais demandas, podemos nos valer das lentes do presente, é apostar numa visão míope e desfocada da realidade.

Faz-se imperativo, assim, eliminar a lacuna entre as habilidades atuais e as necessidades dos trabalhos futuros, garantindo que as escolas contribuam para o desenvolvimento de competências estruturantes para o século XXI.

Por isso a relevância da BNCC e do complemento BNCC da Computação. Porque capacidade de operar frente às transformações impulsionadas pela tecnologia e agregar valor frente à inovação num mundo de sistemas automatizados serão os diferenciais competitivos no desenvolvimento profissional, independente da carreira.

Competências do Futuro

E quais são as competências necessárias para os estudante, considerando os desafios relacionados ao mercado de trabalho futuro?

A lista não é pequena! São competências transcendem o mero domínio de conteúdos acadêmicos e conhecimentos técnicos e estão associadas ao pensamento analítico e inovador são:

  • aprendizagem ativa;
  • criatividade;
  • originalidade e iniciativa;
  • liderança e influência social;
  • resiliência;
  • flexibilidade e agilidade;
  • curiosidade e aprendizado ao longo da vida;
  • alfabetização tecnológica;
  • uso, monitoramento e controle de tecnologia;
  • design de tecnologia e UX;
  • motivação e autoconsciência;
  • empatia e escuta ativa;
  • resolução de problemas complexos e ideação;
  • orientação para o serviço;
  • persuasão e negociação;
  • tolerância ao estresse e resiliência.

Para quais novos campos de atuação tais competências serão necessárias?

Por isso, o olhar atento da atualidade revela que ocupações associadas à IA, experiência do usuário, cibersegurança, saúde digital e economia verde já são necessárias e contam com falta de profissionais qualificados.

Além disso, outros tantos campos profissionais ainda vão surgir, criando demandas ainda inimaginadas. Portanto, é tempo de escolas e currículos se atualizarem de modo a desenvolver nos estudantes as competências necessárias para as multiplicidades de futuros profissionais que se lhes apresentam.  

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