Atualizado em 14 de março | 2022 por
Alguns dos seus alunos apresentam problemas em seguir instruções, ler ou realizar cálculos simples frequentemente? Estes podem ser sintomas de algum tipo de dificuldade de aprendizagem.
A dificuldade de aprendizagem não os impede de adquirir novos conhecimentos, nem significa que eles sejam menos capazes, apenas requer uma atenção especial da equipe escolar. Por isso, é importante os professores e os gestores saberem como identificar e agir diante dessa situação.
Pensando nisso, o SAS Plataforma de Educação ajudará você a entender o que é dificuldade de aprendizagem e quais os seus principais tipos. Aprenda a identificá-la entre crianças e adolescentes e saiba como agir nesses casos, vem!
É normal ter dificuldade para aprender?
Aprender coisas novas nem sempre é fácil. Por isso, é normal que alguns estudantes apresentem mais dificuldade de aprendizagem na aquisição de conteúdos do que outros.
As causas da dificuldade de aprendizagem são muitas e podem ocorrer por diversas razões, incluindo:
- questões pessoais;
- problemas familiares;
- falta de adaptação à metodologia de ensino da escola;
- estrutura física da instituição, com ambientes muito quentes ou muito barulhentos;
- fatores externos que impactam psicologicamente os alunos, como a pandemia, que também exigiu mudanças no formato do ensino.
Toda dificuldade de aprendizagem exige atenção da equipe pedagógica. Muitas vezes, os profissionais precisam buscar novas maneiras de abordar um conteúdo ou usar técnicas específicas para facilitar o processo de assimilação.
Ações mais pontuais tendem a resolver a maior parte dos casos. Entretanto, se o aluno apresentar um transtorno de aprendizagem, é necessário realizar intervenções mais amplas.
Afinal, o transtorno ou distúrbio de aprendizagem é um problema clínico, muitas vezes decorrente de questões genéticas ou neurológicas. Nesses casos, a escola precisa ter o apoio de uma equipe de profissionais especializados que possam auxiliar o estudante e os agentes escolares no processo educativo.
Independentemente da situação, é papel da instituição de ensino inclusiva ouvir o aluno e criar uma rede de apoio para ajudá-lo a superar a sua dificuldade de aprendizagem.
Quais são as principais dificuldades de aprendizagem?
Os estudantes podem apresentar diferentes tipos de dificuldade de aprendizagem, incluindo falta de atenção, problemas para ler, escrever ou realizar contas, etc.
Quando essas questões aparecem recorrentemente e não melhoram com mudanças de abordagem ou de metodologia, temos um distúrbio de aprendizagem. Aqui selecionamos os mais comuns:
Discalculia
A discalculia é um distúrbio que afeta a maneira com a qual o aluno lida com números. Geralmente, ela gera dificuldades para memorizar os algarismos, identificar sinais de operações matemáticas e organizar fatos numéricos.
Dislexia
A dislexia é um dos transtornos de aprendizagem mais conhecidos. Ela tende a ter causas genéticas e está relacionada à dificuldade de leitura. Neste caso, a criança não compreende palavras e ideias, nem reconhece letras e apresenta baixa fluência ou velocidade na hora de ler textos.
Disgrafia
A disgrafia relaciona-se a problemas para escrever. Entre as principais dificuldades estão erros recorrentes de ortografia, inversão e omissão de letras, grafia confusa ou ilegível, colocação de palavras sem coerência no texto.
Dispraxia
A dispraxia é um distúrbio relacionado a problemas motores e ligados à habilidade de coordenação.
O estudante com dispraxia pode ter, por exemplo, dificuldade para escrever (no caso, para desenhar as letras em si), para cortar um pedaço de papel, segurar um lápis, amarrar o cadarço etc.
Afasia
O aluno com afasia apresenta dificuldades em relação à linguagem de forma geral, gerando problemas de comunicação.
O estudante com afasia não consegue compreender ou utilizar adequadamente a língua falada, resultando em prejuízos no processo de organização das ideias e na escolha das palavras certas para verbalizar algo.
Os sintomas mais evidentes de quem possui afasia incluem: dificuldade para recontar uma história que acabou de ouvir, problemas para entender o significado das palavras e fluência da fala.
Disortografia
A disortografia é um distúrbio relacionado à linguagem escrita. Ela parece com a disgrafia, contudo apresenta sintomas mais intensos e abrangentes.
A disortografia apresenta dificuldades de interligar ideias na hora de escrever uma redação, gerando falta de coesão no texto. Além disso, ela também causa erros regulares de ortografia, troca de letras e falta de vontade de escrever.
Dislalia
A dislalia está relacionada diretamente à fala. Sendo assim, as crianças e os adolescentes que apresentam esse tipo de distúrbio tendem a ter dificuldade para pronunciar palavras. Em geral, eles trocam os fonemas das letras ou reproduzem sons errados.
Muitas vezes, a dislalia é ocasionada por problemas físicos, decorrentes da má-formação do palato, flacidez na língua ou até mesmo da fissura causada pelo lábio leporino. Além disso, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e os transtornos do espectro autista também tendem a resultar em dificuldade de aprendizagem. Afinal, eles prejudicam a concentração das crianças e afetam como o cérebro assimila as informações.
Quais são os sinais de dificuldade de aprendizagem?
Antes de saber como relatar dificuldades de aprendizagem aos pais ou para outros profissionais, professores e gestores precisam identificar esses problemas.
Por estarem em contato direto com os estudantes, é mais fácil para os profissionais da escola perceberem alterações no desenvolvimento educacional.
Porém, algumas vezes, a dificuldade de aprendizagem apresentada é sutil ou não chama atenção de imediato, contribuindo para que as ações para solucioná-las demorem a serem desenvolvidas. Consequentemente, o desempenho do aluno começa a decair.
Ao não conseguir acompanhar a turma, a pessoa pode sentir-se desmotivada para estudar, intensificando a dificuldade de aprendizagem.
Portanto, você precisa ficar atento aos principais sinais ou sintomas desse problema, como:
- ansiedade;
- demora para concluir atividades propostas;
- falta de foco;
- agressividade;
- falta de comunicação com os colegas e o professor;
- problemas para entender instruções;
- irresponsabilidade.
Além destes indicativos, também é possível observar sinais específicos que variam dependendo do nível de escolarização do aluno. Para facilitar sua compreensão, O SAS listou alguns sintomas de dificuldade de aprendizagem em crianças não alfabetizadas e alfabetizadas, dá uma olhada:
Crianças na Educação Infantil ou não alfabetizadas
Nesta faixa etária, observe se há:
- problemas no desenvolvimento da fala ou demora para começar a falar;
- dificuldade para rimar palavras;
- problemas de coordenação motora;
- dificuldade para memorizar cores, formas, letras e números.
Crianças no Ensino Fundamental ou alfabetizadas
Quando o aluno é um pouco maior e já está em processo de alfabetização, é preciso observar as dificuldades em:
- decorar informações ou seguir instruções;
- manter a organização das tarefas;
- entender ou assimilar orientações verbais;
- ler e soletrar;
- escrever com clareza;
- realizar cálculos matemáticos;
- finalizar as tarefas de casa.
Quais profissionais podem diagnosticar um transtorno de aprendizagem?
Alunos com transtornos de aprendizagem possuem um problema clínico, logo ações exclusivamente educacionais (mudança de metodologia ou novas abordagens pedagógicas) não vão resolver a situação.
Nestes casos, é importante que os professores e as famílias busquem ajuda de profissionais especializados, como neurologistas, psiquiatras, psicopedagogos, fonoaudiólogos e psicólogos. Eles realizarão avaliações próprias para diagnosticar algum tipo de transtorno.
Essa etapa de avaliação é indispensável para o bem-estar da criança e do adolescente. Afinal, muitos tratamentos incluem o uso de medicações, e uma análise superficial poderia indicar o uso desnecessário de remédios ou prescrevê-los na dosagem incorreta.
Como trabalhar com crianças que apresentam dificuldade ou transtorno de aprendizagem?
Caso o estudante seja diagnosticado com algum distúrbio de aprendizagem, é papel da escola acolhê-lo, proporcionando uma educação inclusiva.
Crie um ambiente seguro e tolerante, efetuando ajustes na estrutura e na metodologia de ensino para trabalhar a dificuldade de aprendizagem. Conversar com as famílias e estar aberto a ouvir queixas, seja dos estudantes ou dos pais, também é essencial.
Além disso, professores e gestores precisam integrar a criança ou o adolescente na comunidade escolar, evitando o isolamento e a discriminação social.
A instituição de ensino também pode investir em ferramentas tecnológicas para dinamizar o processo de aprendizagem e ajudar o jovem a superar suas próprias dificuldades.
Outras ações importantes são:
- ajudar o estudante a organizar sua rotina de aprendizagem;
- ensiná-lo a lidar com conflitos;
- criar um ambiente de escuta ativa para os alunos expressarem suas emoções;
- trabalhar atividades que desenvolvam a autoestima e autoconfiança;
- envolver a família no processo de aprendizagem;
- oferecer aulas de reforço no contraturno.
Conte com o SAS!
Entender o que é dificuldade de aprendizagem é responsabilidade de toda escola. Afinal, isso contribui para um ensino humanizado, pois, com as ações necessárias, o processo de ensino e aprendizagem se torna mais eficiente e acolhedor.
O SAS Plataforma de Educação sabe disso e está sempre ao lado das instituições para orientá-las e ajudá-las a oferecer uma educação cada vez com mais qualidade.
Por isso, contamos com consultores pedagógicos e ferramentas tecnológicas para promover um ensino inclusivo, além de cursos de formação continuada para professores e gestores.
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