Atualizado em 29 de setembro | 2021 por SAS

Para aprofundar o debate sobre as implicações do Novo Ensino Médio, em especial, sobre o desenvolvimento do Projeto de Vida dos jovens, o SAS Cast recebeu especialista, que trouxe mais detalhes sobre a participação dos pais e da família na jornada dos alunos rumo à vida adulta.  

No segundo episódio do PODCompartilhar, série de podcasts do SAS Cast que funciona como um canal aberto de conversa com os familiares de nossos alunos para discutir o Projeto de Vida dos jovens, a psicóloga e educadora parental Sandra Quero compartilha seus conhecimentos, para enriquecer a atuação de pais e responsáveis no desenvolvimento de competências dos filhos adolescentes. 

Veja os principais aspectos abordados neste episódio: 

Sandra Quero destaca que o tema do episódio foi motivado por uma pergunta ampla e interessante que chegou de uma escola parceira do SAS em Mato Grosso:  

Como perceber as competências nos adolescentes?” 

Inicialmente, ela comenta que o termo competência está relacionado à capacidade de executar algo. Para isso, é preciso desenvolver habilidades e inseri-las no dia a dia: na convivência familiar, na convivência em comunidade, na escola, etc. Ela ressalta que é o exercício contínuo de aplicar as habilidades no cotidiano que resulta na construção das competências ao longo da vida. 

A psicóloga explica que nós somos seres sociais, interagimos com os outros e precisamos dessa convivência com o próximo para desenvolver habilidades, pois ninguém nasce pronto. A educadora indica que, na maior parte das vezes, o processo de aprendizagem ocorre por modelagem, ao observar o outro fazendo algo. Nesse contexto, ela traz uma reflexão para os pais sobre o que eles esperam que o filho adolescente faça, propondo uma autoanálise: o que eles, pais, já fazem e como se apresentam para o filho? 

Ela usa um exemplo para orientar a seguinte reflexão:  

“Se eu quero uma sociedade que respeite os outros, que tem empatia pelos outros, como que eu acolho isso no meu jovem, como eu mostro isso para o meu jovem, como eu tenho empatia com as dores dele?”  

Ela explica que empatia é se colocar no lugar do outro e se uma pessoa quer uma sociedade com respeito, com empatia, com boa comunicação, é importante treinar e avaliar como isso está acontecendo em casa, como está sendo a tolerância e os acordos de convivência em família. 

Sandra comenta que quando uma criança cresce e se torna adolescente, ela muda de fase, e o processo dos pais com o filho deve ser similar. Ela afirma que, quando a criança é pequena, com 2 ou 3 anos, os pais conduzem o processo de aprendizagem pela mão, passo a passo, com espaço para a criança experimentar. Quando chega na fase da adolescência, ela pondera que, muitas vezes, há uma expectativa de que o jovem já saiba, por exemplo, negociar e se responsabilizar por todas as atividades. Porém ela alerta que o ideal é fazer o mesmo de quando são crianças, ou seja, pegar na mão e ensinar, evidenciando quais são as consequências de cada ação

Ela destaca, ainda, que a repreensão de uma ação do adolescente nas primeiras tentativas pode cercear a sua liberdade, de modo a despertar medo ou aversão. Por isso, recomenda que os pais acompanhem o jovem, ensinem que as ações têm consequências, ajudem-no a lidar com elas, porque o ponto focal é o desenvolvimento integral desse jovem. 

Na sequência, a educadora elucida que o importante é observar o adolescente de uma forma sistêmica. Ela traz mais alguns exemplos que envolvem a tolerância ao estresse e à frustração, o desenvolvimento da autoconfiança e da abertura ao novo, tanto por meio do acolhimento ao jovem e à dor dele quanto por meio de um aspecto fundamental que tem relação direta com a pergunta motivadora deste podcast: “não é só uma questão de perceber as competências, é viver as competências em casa e transpor isso para toda a vida”. 

Por fim, Sandra recomenda que os pais deixem os filhos realizarem suas atividades, mesmo quando crianças, para que possam desenvolver as habilidades para a vida, especialmente a autoestima, ou seja, a capacidade da criança ou do jovem de perceber que “eu posso”. Ela conclui a fala convidando os familiares a enviar suas perguntas para os próximos podcasts. Para ouvir o primeiro episódio da série PODCompartilhar, clique aqui

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