Atualizado em 1 de março | 2021 por
O desenvolvimento infantil é o responsável pela formação das crianças, seu crescimento saudável, uma vez que compreende aspectos cognitivos, motores, emocionais e sociais. Esse processo proporciona a aquisição de habilidades físicas e intelectuais, além de proporcionar mudanças no comportamento infantil que impactam diretamente na convivência e amadurecimento dos pequenos.
Para a educação, o desenvolvimento infantil ocupa um espaço igualmente importante. Durante a primeira infância — período que dura até os seis primeiros anos de vida — esse processo acontece de forma ainda mais intensa.
Ao longo deste guia, entraremos em detalhes sobre as fases do desenvolvimento e as experiências vividas em cada uma delas. Confira!
Fases do desenvolvimento infantil e suas experiências
Seguindo a premissa do psicólogo suíço e estudioso do aprendizado humano Jean Piaget, o desenvolvimento infantil pode ser classificado em quatro fases. Embora os estudos de Piaget sejam datados a partir da década de 1920, suas análises continuam extremamente coerentes em relação ao amadurecimento cognitivo infantil.
Segundo o psicólogo, o aprendizado da criança se dá por diferentes fatores, como a influência do ambiente externo e a própria capacidade intelectual de se adaptar às situações e eventos aos quais é exposta. Sendo assim, é possível elaborar estratégias de ensino e exercícios de fixação que facilitem o processo de aprendizagem e estimulem o desenvolvimento infantil.
Ainda segundo a teoria de Piaget, as quatro fases do desenvolvimento — que serão aprofundadas mais adiante — podem ser previstas de acordo com a faixa etária da criança, mesmo que o processo não ocorra exatamente no mesmo período para todos os pequenos.
Dito isso, veja a seguir quais são as fases do desenvolvimento infantil e suas principais características.
Fase 1 – Sensório-motor
Do nascimento até os primeiros dois anos, a criança vive o período sensório-motor, fase em que os sentidos corporais estão sendo descobertos e os movimentos dos membros explorados com mais intensidade. É durante essa faixa de idade que o pequeno aprende a andar, descobre novos sabores, cheiros e texturas, e começa a ter consciência do seu corpo.
Fase 2 – Pré-operatório
A fase pré-operatória é marcada pelo progresso intenso do desenvolvimento infantil, com a comunicação mais clara e as ações da criança mais objetivas e criativas. Os especialistas afirmam que o período, que pode durar até os sete anos de idade, pode apresentar um senso de individualidade muito maior do que o de coletividade, e por isso trabalhar habilidades como empatia e solidariedade é extremamente importante.
Fase 3 – Operatório concreto
Na fase seguinte, chamada de operatória-concreta e presente entre os oito e os doze anos de idade, é onde o raciocínio lógico é aperfeiçoado e a capacidade de solucionar problemas fica mais ágil. Para impulsionar o desenvolvimento infantil nesse período, é comum as instituições de ensino apostarem em torneios de jogos, quiz de perguntas e respostas, além de desafios matemáticos e de lógica.
Fase 4 – Operatório formal
Na adolescência, o período operatório-formal engloba aspectos sociais e emocionais de modo mais complexo, uma vez que o raciocínio lógico concreto já foi fortalecido. Assim, o jovem consegue desenvolver uma linha de pensamentos com mais clareza, elaborar hipóteses coesas e formar suas próprias opiniões com base no que sabe e no que deduz.
Pontos de atenção no desenvolvimento infantil
O desenvolvimento infantil é um processo natural e deve ser estimulado nos momentos corretos com o auxílio de profissionais e familiares. Contudo, esse suporte dado pelos responsáveis e educadores é ainda mais importante para identificar possíveis atrasos aos estímulos e problemas de rendimento da criança.
Tais atrasos no desenvolvimento podem ou não ser causados por transtornos neurobiológicos, como autismo, déficit de atenção e hiperatividade, por exemplo. Portanto, o acompanhamento com médicos especialistas, fonoaudiólogos e terapeutas, dependendo do caso, pode ser fundamental para identificar a causa desses sinais e encontrar o meio de tratamento mais eficaz.
Dessa forma, para que os educadores e a própria instituição de ensino consigam examinar de perto o desempenho de cada aluno, ele necessita de estratégias educacionais apropriadas para isso.
A Taxonomia de Bloom, por exemplo, é uma metodologia que ajuda a acompanhar os resultados e estabelecer os objetivos educacionais. O SAS utiliza essa técnica e é um dos maiores parceiros das escolas no suporte e em soluções para o ensino e o desenvolvimento infantil.
Desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional
As instituições de ensino devem contribuir para o desenvolvimento infantil dos pontos de vista físico, intelectual, social e emocional, de modo que a criança saia da escola preparada para a vida adulta de maneira geral — desde os âmbitos pessoais até o profissional —, desempenhando, satisfatoriamente, todas as habilidades dessas quatro grandes áreas.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê a abordagem da educação socioemocional como recurso da interdisciplinaridade, a fim de proteger a saúde mental, evitar o bullying e outros comportamentos discriminatórios, além de formar a capacidade dos pequenos de lidar com suas emoçõespequenos.
Para isso, todo o corpo docente escolar deve estar alinhado com as propostas da BNCC e se comprometer com a observação e a assistência socioemocional para os alunos.
Considerando, ainda, os desafios enfrentados pelo ensino remoto e toda a nova dinâmica do ensino híbrido, preocupar-se com o desenvolvimento socioemocional e executar um acolhimento escolar personalizado pode ser crucial para recuperar qualquer distanciamento do aprendizado e do interesse pelos estudos causado pelo período não presencial.
Como enriquecer as experiências do desenvolvimento infantil?
Agora, sabendo da importância de uma relação boa e afetiva entre escola, aluno e família, essa comunidade formada em torno da criança pode e deve trabalhar para que as experiências vividas em cada fase do desenvolvimento infantil sejam enriquecidas. Logo, é necessário conhecer os momentos comuns a cada faixa etária, como listado abaixo. Veja:
Bebês – zero a 1 ano e 6 meses
Considerando que durante os primeiros meses de vida a descoberta sensorial prevalece no desenvolvimento infantil até um ano e seis meses, é essencial que os responsáveis mantenham um contato próximo e afetivo com a criança. Isso inclui conversas olhando nos olhos dos pequenos — mesmo que a criança ainda não fale —, abraços e brincadeiras com movimentos corporais.
Crianças pequenas – 1 anos e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Na transição entre o período sensório-motor e o pré-operatório, a coordenação motora começa a se desenvolver com mais precisão e os jogos de encaixe são uma alternativa para treinar essa habilidade enquanto a criança se diverte. No final dessa fase, já próximo de completar os quatro anos de idade, pais e responsáveis devem manter-se atentos em instruir o pequeno sobre seu comportamento, pois a comunicação estará muito mais clara.
Crianças pequenas – 4 anos a 5 anos e 11 meses
As crianças pequenas atingem um nível decisivo no desenvolvimento infantil, afinal, as brincadeiras e as interações com outras crianças tornam-se mais concretas, consolidando uma etapa muito importante da socialização. Portanto, as conversas e ações começam a ganhar formas mais lógicas e a interpretação de fatos e objetos fica mais coerente.
Ensino Fundamental – anos iniciais
Seguindo a proposta da BNCC, após os 5 anos de idade a criança deve estar pronta para ingressar no ensino fundamental. O desenvolvimento infantil segue mesmo depois dessa faixa etária — também chamada de primeira infância —, contudo as habilidades intelectuais, sociais, emocionais e físicas estão formadas o bastante para que a garotada lide com conhecimentos complexos, como alfabetização e contas básicas.
Estímulo ao desenvolvimento infantil no ensino híbrido: como realizar?
Para as instituições que aderiram ao ensino híbrido, no qual o contato presencial com os alunos é reduzido, é fundamental saber utilizar todos os recursos disponíveis para manter o estímulo ao desenvolvimento infantil e não perder o engajamento dos estudantes e familiares com o processo de aprendizado.
Entretanto, a boa notícia é que a tecnologia está se moldando a cada dia para que o mundo virtual colabore com a educação, especialmente nos anos escolares iniciais. Isso porque reter a atenção dos alunos menores diante das telas pode exigir um pouco mais de cautela e metodologias adaptadas conforme a faixa etária dos pequenos e o plano de aulas institucional.
A gamificação em educação, por exemplo, é uma ferramenta que alia técnicas de design e metodologias de ensino para criar e introduzir dinâmicas e jogos interativos na rotina escolar. O recurso pode ser usado tanto para o processo de aprendizagem quanto para a avaliação de desempenho e até mesmo para o planejamento e a organização da instituição.
Soluções SAS e o desenvolvimento infantil!
Para estruturar soluções como a gamificação, é indispensável ter a parceria de uma plataforma educacional que apresente os recursos que a escola precisará para manter a ferramenta funcionando e atendendo mais do que as expectativas prometidas. O SAS é uma dessas plataformas e é a melhor opção para transformar a experiência do ensino híbrido na sua escola.
E, se a tendência é que a inclusão da tecnologia na educação continue crescendo, o SAS chega com novos recursos e muito mais conteúdo para tornar o desenvolvimento infantil mais produtivo e facilitar o formato híbrido, de modo saudável e equilibrado.
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