Atualizado em 18 de junho | 2021 por
Ensinar e aprender são processos influenciados por diferentes fatores, o que inclui o uso de tecnologia instrucional e material didático. Ambos os recursos têm envolvimento ativo dos alunos e promovem uma sala de aula mais dinâmica.
Os materiais didáticos são o ponto de partida para o acesso a informações confiáveis, que, ao mesmo tempo, desenvolvem a liberdade de pensamento e a análise crítica. Outros pontos positivos que podem ser desenvolvidos com o seu uso são o prazer na leitura e a compreensão de conceitos abstratos.
Desse modo, o material didático desempenha um importante papel nos processos de ensino-aprendizagem e de mediação entre os professores, alunos e conceitos.
Por isso, é fundamental fazer uma escolha atenta e adequada do material didático. Quer saber mais sobre como fazer isso? Então, continue a leitura e veja dicas fundamentais para uma escolha bem-sucedida.
O que é material didático?
Material didático é um recurso pedagógico deliberadamente produzido e utilizado para facilitar os processos de ensino-aprendizagem e a experiência educacional de alunos e professores.
Desenvolvidos com fins pedagógicos, o material didático atua como estímulo à aprendizagem, expandindo o campo experiencial dos alunos e gerando uma sensação de progresso.
Para o docente, o material didático funciona como um norteador estratégico, que ajuda a organizar os processos de ensino-aprendizagem, porém, sem restringir a autonomia do educador ou eliminar oportunidades de inovar ao trabalhar os conteúdos.
Hoje, há uma ampla diversidade de materiais didáticos, físicos e digitais, que contribuem para o desenvolvimento dos estudantes. Entretanto, o livro didático continua a ter amplo destaque, especialmente na Educação Básica.
Isso ocorre especialmente porque o acesso ao livro didático é tido como um dos direitos dos estudantes da Educação Básica do país, garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Apenas em 2019, conforme dados do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), foram distribuídas mais de 126 milhões de unidades de livros didáticos no Brasil. Esses números ajudam a compreender a importância e a abrangência do uso do livro didático nas escolas do país.
Lembre-se: livro didático, paradidático e literário são diferentes entre si. Enquanto o livro didático é utilizado para auxiliar no ensino curricular de uma disciplina, o paradidático contribui para aprofundar determinados tópicos, complementando algo apresentado mais rapidamente no livro didático. Assim, o livro paradidático oferece uma abordagem mais lúdica do que a do livro didático.
Por sua vez, o livro literário traz uma abordagem mais livre, artística, social e humanizadora para trabalhar temas de modo mais subjetivo e menos científico, ajudando a estimular imaginação, criatividade e senso crítico dos alunos.
Apesar do livro didático ganhar destaque, é fundamental lembrar que existem outros materiais didáticos que podem ser explorados, com diferentes contribuições para tornar as aulas mais engajadoras e o aprendizado bem-sucedido.Todos esses materiais didáticos juntos compõem o projeto político-pedagógico (PPP) da escola.
Planejamento escolar: a escolha dos livros didáticos
Materiais didáticos de alta qualidade e adequados à realidade das turmas podem melhorar substancialmente os resultados de aprendizagem e a motivação dos professores e dos alunos. Para isso, é preciso analisar criteriosamente as alternativas na seleção dos materiais didáticos.
O momento ideal para escolher o material didático é o planejamento escolar, já que esse é um recurso poderoso para ajudar a escola a cumprir sua missão e a vencer seus obstáculos pedagógicos no próximo ciclo.
Como escolher o material didático ideal?
Alguns aspectos que podem ser considerados por educadores e gestores no momento da escolha dos livros didáticos são:
- Alinhamento com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), uma vez que a Base é uma das principais norteadoras para o planejamento e o plano de aula;
- O livro didático também deve estar de acordo com o currículo da escola e com as mais atuais diretrizes educacionais;
- Avaliação da função social do conteúdo apresentado no material;
- Compreender se o livro integra uma coleção, tendo, assim, uma sequência lógica de apresentação do conteúdo de um ano para o outro e evitando, com isso, repetição ou lacunas entre os livros conforme a progressão dos alunos;
- Incentivo a interdisciplinaridade, se traz propostas e atividades inovadoras e interessantes para o perfil e a faixa etária de seus alunos, especialmente se há propostas para os estudantes criarem projetos, aplicarem conhecimentos, formularem hipóteses e desenvolverem competências ou meramente a apresentação teórica dos conceitos.
Como usar o livro didático na prática pedagógica
O livro didático poderá ser usado para auxiliar na preparação das aulas, no planejamento anual, na elaboração de avaliações e como alternativa para tornar as aulas mais dinâmicas, evitando perder tempo, por exemplo, replicando conceitos completos no quadro e utilizando-o para tirar dúvidas, orientar atividades práticas de aplicação do conhecimento, etc.
Para isso, é recomendado que o professor reflita sobre como sua inserção pode ser mais bem-sucedida, podendo adaptar atividades oferecidas nos livros para a realidade da escola e de seus alunos. Vale ressaltar que o uso do livro didático dificilmente é o mesmo em todas as turmas, demandando um ajuste conforme perfis e necessidades dos alunos.
Em sala de aula, o livro pode ser utilizado em leituras coletivas ou as imagens podem ser usadas para ilustrar um conceito de outra atividade. Além disso, podem ser incentivadas atividades em grupos na sala ou em casa, no ensino híbrido ou remoto.
O importante é que o livro se integre de modo fluido e relevante na rotina escolar, compondo o ciclo de ensino-aprendizagem.
Livro didático e avaliação: tudo a ver!
Se os objetivos de aprendizagem indicam os conceitos e competências que os alunos deverão desenvolver e as avaliações acompanham o progresso do aluno em relação ao domínio desses objetivos, faz todo o sentido que o material didático prepare os estudantes para ter sucesso nisso, não é mesmo?
Por isso, livro didático e avaliação têm tudo a ver – eles devem estar conectados e em sintonia. Além disso, a avaliação auxiliará que o educador perceber se os livros didáticos escolhidos foram realmente adequados ou não para as demandas da turma.
Nesse sentido, é importante também o educador ter uma postura atenta, crítica e reflexiva, de modo a perceber se a escolha foi acertada ou se precisa ser ajustada no planejamento do ano seguinte. Os gestores, por sua vez, têm o compromisso de ouvir esse feedback dos professores para que, juntos, estabeleçam os materiais didáticos mais adequados e eficientes para a escola.
Material didático para além dos livros
A neurociência tem nos demonstrado, cada vez mais, que aprendemos de modos diferentes. Uma das teorias mais conhecidas sobre isso é a da Pirâmide de Aprendizagem, de William Glasser, que demonstra que podemos ter diferentes níveis de aprendizado ao ler, ouvir, observar, ver, discutir, fazer algo ou ensinar outra pessoa.
Além disso, a diversificação de fontes de informações é positiva para que o aluno desenvolva uma visão mais crítica e completa sobre conceitos trabalhados. Dessa maneira, mostra-se fundamental perceber o material didático além dos livros.
No processo de ensino-aprendizagem, os professores podem utilizar de diferentes mídias, tecnologias e abordagens de uso, para que o conteúdo ensinado adquira mais dinamicidade, interatividade e engajamento nas aulas presenciais, híbridas ou a distância, ajudando, assim, a trazer os alunos para o protagonismo e um nível participativo maior e que facilite sua aprendizagem.
Com isso, além dos livros e apostilas, existem outros tipos de materiais didáticos que podem ser utilizados, como:
- Ábacos;
- Material dourado;
- Peças e formas geométricas;
- Biblioteca da sala constituída por livros e revistas doados pelos alunos;
- Plataformas gamificadas. Conheça, por exemplo, a plataforma Eureka!
É possível, também, pensar em materiais que ajudem a aproximar a comunidade e a família da escola. Por exemplo, se algum familiar de aluno é marceneiro, ele pode ser convidado a construir e mostrar para os estudantes como se faz determinado material didático de madeira.
Material didático para o ensino a distância é diferente?
Não há uma regra única quanto a essa questão. O importante é avaliar continuamente a assertividade e os resultados obtidos com os materiais didáticos utilizados, buscando sempre formas de tornar os processos de ensino-aprendizagem bem-sucedidos.
Porém, é importante considerar as novas alternativas trazidas principalmente pelo ensino a distância mediado pela tecnologia, que permite que se tenham, por exemplo, e-books, quizzes on-line, plataformas gamificadas e outras alternativas que podem contribuir para a experiência e o aprendizado dos alunos neste outro modelo.
Caso a escola deseje optar por um material didático híbrido, não apenas é possível como existem diversas formas de explorar esse campo.
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