Atualizado em 16 de setembro | 2021 por SAS

Qualquer pessoa pode ficar irritada, com medo ou triste e lidar com todas essas emoções da maneira adequada é um grande desafio. Ainda mais para crianças e adolescentes. Por conta disso, debater o conceito de inteligência emocional na escola é cada dia mais necessário.

Entender e controlar as próprias emoções ajuda na interação interpessoal, no processo de aprendizado, no desenvolvimento pessoal e também profissional. A grande questão é como gestores e professores podem trabalhar isso com os alunos? Aqui, vamos ajudar você com isso. 

Nos próximos tópicos, conversaremos sobre competências socioemocionais e compreenderemos a importância das emoções no cotidiano educacional. Além disso, traremos exemplos de atividades interdisciplinares, que colaboram para o desenvolvimento da inteligência emocional na escola. Acompanhe!

Qual o conceito de inteligência emocional e competências socioemocionais?

Crianças (1 menino e 4 meninas) se abraçando e demonstrando a importância de desenvolver a inteligência emocional na escola.
Alegria, tristeza, medo e indecisão são sentimentos comuns que a inteligência emocional na escola ajuda o aluno entender e lidar.

Inteligência emocional refere-se a um conjunto de habilidades que permite a uma pessoa identificar e compreender suas emoções, bem como lidar com elas de forma racional. Isso vale tanto para o que você está sentindo, quanto para o contato com outras pessoas.

Esse conceito ganhou repercussão com os estudos do psicólogo norte americano Daniel Goleman e está embasada em quatro pilares:

  • Autoconsciência: capacidade de reconhecer uma emoção no momento em que ela surge;
  • Controle emocional: capacidade de lidar, de modo racional,  com o que está sentindo;
  • Automotivação: não depender de fatores externos para sentir-se motivado ou com foco para seguir os próprios objetivos;
  • Reconhecimento das emoções das outras pessoas: compreender o que os outros estão sentindo;
  • Relacionamentos interpessoais: capacidade de interagir com tranquilidade com outras pessoas e de lidar com as emoções que apresentam no momento.

A cada ano, a inteligência emocional é mais valorizada dentro da sociedade. Nas empresas, percebe-se que profissionais com esse conjunto de habilidades possuem um desempenho melhor. 

A partir disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe para o ambiente escolar o conceito de competências socioemocionais. Ou seja, um conjunto de aptidões que devem ser desenvolvidas tendo como base a inteligência emocional na escola.

Sendo assim, a BNCC aponta 10 competências socioemocionais que precisam ser trabalhadas pelas escolas ao longo de toda a Educação Básica. O objetivo é oferecer uma formação integral, que vai acompanhar crianças e adolescentes em diversas áreas da vida.

Aqui no blog do SAS, já falamos sobre a importância de desenvolver uma educação socioemocional. Inclusive criamos um infográfico sobre o tema, que trata especialmente do trabalho emocional com os alunos em meio a todo esse cenário de pandemia. Para conferir, clique aqui ou no banner abaixo.

Inteligência emocional na escola e neurociência: tudo a ver!

Existem algumas pesquisas que têm como foco a análise da inteligência emocional na escola. Um desses estudos, por exemplo, foi conduzido pelo psiquiatra Diogo Lara, da PUC-RS. Ele analisou os dados de 35 mil brasileiros e concluiu que aspectos emocionais, como autoconfiança, influenciam mais no processo de aprendizagem do que habilidades cognitivas, como memória e organização.

Outra pesquisa, realizada no Reino Unido, acompanhou um total de 17 mil crianças ao longo de 50 anos. No final desse período, percebeu-se que aquelas com maior nível de inteligência emocional tinham mais probabilidade de tornarem-se adultos bem sucedidos, pessoal e profissionalmente.

Afinal, por que é que devemos falar sobre inteligência emocional na escola? De acordo com a neurociência, o motivo é simples: porque habilidades socioemocionais são aprendidas e quanto mais cedo isso ocorrer, melhor.

Por que trabalhar os sentimentos na sala de aula?

De acordo com o pesquisador Daniel Goleman, “a escola é como um agente da sociedade encarregado de constatar se as crianças estão obtendo os ensinamentos essenciais para a vida.”

Dentro dessa perspectiva, o currículo deve ir além do desenvolvimento cognitivo e trabalhar também a inteligência emocional dos alunos e dos professores, pois isso traz diversos benefícios para ambos os grupos. 

Estudantes

Estudantes que aprendem a lidar com os próprios sentimentos e com os dos colegas conseguem se expressar melhor e resolver conflitos interpessoais. Isso evita a ocorrência de bullying e as brigas, tornando o ambiente escolar mais saudável e acolhedor.

Além do mais, aprender a identificar e controlar as emoções faz com que crianças e adolescentes consigam lidar melhor com frustrações e decepções. Isso os torna mais resilientes e ajuda na hora de superar problemas de aprendizagem, por exemplo.

Alunos com inteligência emocional também conseguem se concentrar melhor na hora dos estudos, pois sabem administrar as sensações de ansiedade.

Educadores

Os professores são agentes essenciais no desenvolvimento da inteligência emocional na escola, pois parte do papel deles é guiar o estudante no processo de autoconhecimento, propor atividades e também acolher.

O docente que consegue criar uma conexão com a turma, obtém resultados pedagógicos positivos. Isso inclui maior motivação para aprender o conteúdo, mais engajamento nas aulas e menos problemas com indisciplina.

Como trabalhar inteligência emocional na escola?

Rodas de conversa e troca de experiências são estratégias assertivas para trabalhar a inteligência emocional na escola.

É normal que gestores ainda fiquem perdidos na hora de aplicar o conceito de inteligência emocional na escola onde atuam. O primeiro passo é colocar essa ideia dentro do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição e desenvolvê-la aos poucos, testando diferentes possibilidades.

Para os alunos, você pode focar na criação de disciplinas específicas, que incentivem as crianças e os adolescentes a relatar experiências pessoais e conversar sobre seus próprios sentimentos.

Também é possível aplicar essas estratégias em atividades interdisciplinares. Dessa maneira, na hora de abordar determinado assunto de português ou matemática, por exemplo, o professor pode propor atividades que gerem reflexão e interação entre os estudantes. Confira algumas sugestões de atividades interdisciplinares para o Ensino Médio no nosso e-book, clicando aqui

Além disso, conversar com os alunos sobre o sentimento deles na realização das tarefas pode ser enriquecedor, pois eles poderão compartilhar suas experiências e estratégias para superar os desafios que identificaram em um processo de interação com os colegas de turma. 

Já para trabalhar a inteligência emocional com os professores, o ideal é investir em treinamentos específicos. Assim, aposte em cursos on-line ou presenciais, palestras, workshops, jogos digitais e dinâmicas entre os profissionais da instituição. Para isso, conheça, por exemplo, a plataforma de formação continuada FOCOS do SAS Educação, que pode ajudar a sua escola nesse momento. 

Lembre-se de utilizar bons materiais didáticos, que abordem a questão da inteligência emocional na escola. Dessa maneira, o professor tem um guia confiável que apresenta ideias de como abordar o conteúdo emocional durante as aulas. Aqui, o SAS Educação também pode ajudar, conheça nossos materiais didáticos personalizados e interativos clicando no banner abaixo. 

Inteligência emocional na educação infantil

Conheça algumas formas de trabalhar inteligência emocional na educação infantil.

A hora da meditação pode ajudar os alunos a lidarem com a ansiedade desde pequenos, inserindo assim a inteligência emocional na escola.

Identificando emoções

  • Use imagens com diferentes expressões faciais e peça para os pequenos identificarem que emoção representam;
  • Conte uma história e, em seguida, pergunte como cada estudante se sentiria no lugar do personagem principal ou o que sentiram ao ouvir a história;
  • Leve a criança para a frente de um espelho e peça para ela fazer diferentes expressões faciais e dizer o que acha que cada uma delas significam;
  • Promova algum desafio de aprendizagem e depois converse com os pequenos sobre as emoções que sentiram em relação a isso.

Lidando com as emoções

  • Em rodas de conversas, incentive os alunos a compartilharem suas experiências, boas e ruins. Depois pergunte aos demais colegas como eles se sentiram ao ouvir a história e como fariam para lidar com a situação apresentada;
  • Oriente pequenos momentos de meditação, pode ser usando uma música ou apreciando uma paisagem natural.

Inteligência emocional na adolescência

Desafios e inseguranças fazem parte da rotina dos adolescentes que estão escolhendo uma profissão, por isso, é fundamental trabalhar a inteligência emocional deles na escola.

A adolescência é uma fase de transição e as emoções podem estar afloradas nesse período. Por isso, as atividades de inteligência emocional na escola são essenciais. Porém, elas devem ser aplicadas de modo diferente da educação infantil.

A ideia não é trabalhar com a emoção em sua forma básica, mas sim interligada com outras habilidades, por exemplo:

  • Ajude o aluno a identificar seus pontos positivos e negativos usando a ferramenta de análise SWOT;
  • Crie projetos que tenham como foco ajudar os colegas de turma. Aqui você pode trabalhar tanto a inteligência emocional quanto os conhecimentos didáticos. Assim, solicite que os alunos criem um game para ajudar quem tem dificuldade em matemática, por exemplo;
  • Estimule a reflexão emocional, seja por meio de uma redação sobre o tema ou de debates com a turma;
  • Promova rodas de convivência, nas quais os alunos possam compartilhar suas experiências e inseguranças. Afinal, muitas vezes os desafios e os medos são os mesmos e os colegas podem ajudar a superá-los. 

O professor pode, inclusive, montar assembleias para que os próprios alunos escolham as sugestões de temas para as pautas das rodas de convivência, democratizando o processo e desenvolvendo habilidades de cidadania dos estudantes. 

O material didático do SAS pode ajudar!

Um material didático que se preocupa com a inteligência emocional na escola é uma ferramenta que auxilia o dia a dia de professores e gestores.

Os materiais didáticos são ótimas ferramentas de apoio para trabalhar a inteligência emocional na escola. Aqui no SAS, levamos isso a sério e editamos materiais completos para auxiliar o professor.

Os livros do Programa + Atitude foram especialmente criados para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos. Assim, propomos 21 habilidades que podem ser abordadas de várias maneiras juntamente com o estudo das disciplinas básicas.

O objetivo é sempre incentivar a reflexão de ideias em associação com temas contemporâneos. Além disso, os materiais trazem sugestões de atividades e brincadeiras que podem ser desenvolvidas, tudo seguindo as diretrizes da BNCC.

No livro do professor, também há um espaço reservado para ele registrar as principais experiências vivenciadas na aula.

Entre em contato com nossos consultores e conheça melhor o portfólio didático que oferecemos. Temos certeza que os materiais vão ajudá-lo a colocar em prática a inteligência emocional na sua escola!