Atualizado em 29 de setembro | 2021 por
Em tempos, nos quais metodologias de ensino remoto e híbrido têm ganhado cada vez mais força, compreender como acompanhar a aprendizagem em aulas on-line torna-se fundamental para professores e escolas.
Metrificar e acompanhar o aprendizado dos alunos sempre foi algo complexo. Entretanto, com o início do ensino remoto de emergência, essa situação se tornou ainda mais difícil. Foi preciso utilizar novos métodos e ferramentas, além de rever muitos aspectos para garantir que, mesmo sem ser presencialmente, o aluno estivesse de fato aprendendo e absorvendo o conteúdo e que era possível ao professor acompanhar a aprendizagem em aulas on-line.
Para debater o tema, o SAS Cast convidou a Ana Paula Manzalli e o Lucas Taterka, ambos da Sincroniza Educação, para comentar os principais desafios de acompanhar o a aprendizagem em aulas on-line, principalmente durante ensino remoto de emergência, definindo objetivos e tarefas que sejam eficazes para a aula.
O que é necessário considerar para acompanhar a aprendizagem em aulas on-line?
Para Ana Paula, o acompanhamento da aprendizagem do aluno precisa acontecer independente do contexto. O primeiro passo é fazer uma reflexão, sair do “piloto automático”. Para isso, ela sugere que as escolas se façam algumas perguntas:
- Por que precisamos acompanhar a aprendizagem?
- Por que queremos garantir que as competências estruturantes estão sendo desenvolvidas?
- Por que a queremos planejar a próxima etapa das nossas atividades ou do nosso trabalho?
- Por que queremos dar uma nota?
Um segundo passo é definir quais conteúdos serão lecionados. Devido à atual situação do ensino remoto ou híbrido, é importante selecionar o que realmente precisa ser dado, de modo a garantir as aprendizagens essenciais previstas para cada segmento. É necessário olhar para tudo o que havia sido planejado e priorizar quais conteúdos do currículo são mais importantes.
Isso é fundamental para acompanhar a aprendizagem em aulas on-line, principalmente no ensino remoto e híbrido. Ou seja, manter a rotina de sempre verificar o aprendizado do aluno, não deixar para fazer só uma atividade final. Assim, é possível identificar e solucionar as dificuldades dos alunos de forma mais ágil.
O próximo passo é o feedback. Trata-se daquele retorno que o professor dá aos alunos sobre como estão indo, em quais quesitos precisam se esforçar mais e como podem ir além. Em tempos de ensino remoto e híbrido, essa prática se torna mais relevante, pois incentivar o aluno a persistir diante de desafios que ele pode estar encontrando.
Como aliar o objetivo de aprendizagem à tarefa que será pedida ao aluno, a fim de coletar evidências?
Para introduzir o conceito, Ana e Lucas citam o livro “Planejamento para a compreensão”, de autoria de Wiggins e do McTighe. Os autores estruturam o planejamento da seguinte forma:
- Primeiro, é necessário estabelecer os resultados desejado com a aula, ou seja, os objetivos de aprendizagem;
- Depois, é preciso pensar em como coletar as evidências, ou seja, se perguntar: “Como vou saber que eu atingi esses objetivos?”;
- E, por último, pensar na tarefa que será elaborada para coletar as evidências.
O diferencial desta estrutura de planejamento é que parte do princípio de que as evidências que o professor quer coletar é que vão determinar que tipo de tarefa que será proposto aos alunos.
Uma ferramenta que pode auxiliar nesse momento é a o quadro “RET” (Resultado, Evidência e Tarefa). Neste quadro, é preciso escrever, resumidamente, esses 3 pontos para guiar-se. Primeiro, escreve-se um resultado desejado para a aula, ou seja, um objetivo de aprendizagem. Depois, escreve-se uma evidência que o professor poderia coletar para checar se esse objetivo foi atingido. E por fim, qual modelo de tarefa faz sentido para o que já foi escrito nos tópicos anteriores.
Tarefas e recursos que podem auxiliar no acompanhamento da aprendizagem do aluno.
Segundo os especialistas, a primeira delas é o portfólio, que pode ser feito de maneira virtual e colaborativa com os alunos. Ele é uma forma de registrar as evidências de aprendizado de maneira organizada. Uma sugestão é a plataforma Seesaw, na qual é possível propor que os alunos montem o próprio portfólio, e até os familiares poderão acessar para acompanhar.
A segunda dica são os livros digitais. Esse modelo de conteúdo vale para todas as áreas de conhecimento e pode até ser feito de maneira colaborativa entre todos os alunos. Uma sugestão de plataforma para apoiar o professor nessa proposta é o Book Creator.
Outra dica são os esquemas e mapas conceituais. Essa é uma forma visual de organizar as ideias e conhecimentos, diferente da escrita de um texto. A partir da análise dos elementos de um mapa conceitual, é possível observar como o aluno está entendendo aquele assunto. Existem diversas plataformas digitais para a elaboração dos mapas mentais, como o Mindmup.
A quarta sugestão é propor aos alunos para criarem vídeos e animações! Para fazer um vídeo, o aluno precisa elaborar um roteiro, fazer pesquisa e muitas outras habilidades vão sendo trabalhadas para além do conteúdo de ensino que vai ser abordado. Além disso, o aluno pode usar o celular, fazer a atividade com outros amigos e editar em plataformas on-line. Já as animações podem ser feitas na plataforma Toontastic, onde os alunos podem desenhar seus personagens.
Na mesma linha, uma outra sugestão é o uso de podcast. Assim como para elaborar um vídeo, o aluno precisa escrever um roteiro e fazer muita pesquisa, mas, sem o apoio da imagem para comunicar a informação para o ouvinte, o aluno vai precisar ter uma boa argumentação. O Audacity é uma ferramenta que pode apoiar os alunos, já que dá para editar o áudio e mixar.
Um outro recurso é o uso de texto, mas de uma maneira interconectada. A ideia é pedir aos alunos que escrevam um texto sobre um determinado assunto e busquem inserir hiperlinks com temas que sejam complementares ao que foi estudado, como uma imagem, um vídeo ou mesmo outros textos. Dessa forma, eles têm a oportunidade de irem criando uma teia de textos e outras mídias que se complementam e permitem uma experiência diferente de interação com o material. No Google Documentos, é possível fazer isso de uma maneira fácil e intuitiva.
Uma outra sugestão é trabalhar a partir de questões e problemas. Elas estimulam a investigação, o pensamento crítico e dão a oportunidade de colocar os conhecimentos adquiridos em prática, além de ser uma boa estratégia para o trabalho em grupo. No Portal SAS, encontra-se o Banco de Questões e a Tarefa on-line, com um ótimo acervo para auxiliar neste momento.
E, por último, uma dica é a gamificação, uma forma divertida de coletar evidências de aprendizagem e engajar os alunos. Um exemplo é o Eureka! SAS, disponível para alunos do Ensino Fundamental.
Conte com SAS!
O SAS pode ajudar a sua escola a implementar o ensino híbrido e a acompanhar a aprendizagem de aulas on-line, melhorando o rendimento dos alunos, por meio de ferramentas de tecnologia educacional e material didático atualizado.
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