Atualizado em 30 de maio | 2022 por SAS

O Novo Ensino Médio trouxe mudanças significativas para as escolas. Entre elas está a inserção dos itinerários formativos, que devem corresponder, no mínimo, a 1.200 horas da carga horária total. Porém, como organizar esses conteúdos? É aqui que entra o contraturno escolar. 

Aproveitar o período contrário às aulas regulares pode ser uma ótima estratégia para inserir as novidades cobradas pela BNCC dentro do Ensino Médio. 

Além disso, o contraturno escolar oferece possibilidades variadas de atividades extracurriculares voltadas para a prática esportiva e cultural. Bem, como ajuda a aumentar a receita das instituições de ensino. 

Para entender melhor como utilizar o contraturno com os alunos, siga com a leitura deste conteúdo. O SAS Educação reuniu aqui as principais informações sobre o tema para que você possa esclarecer todas as suas dúvidas. Aproveite!

Afinal, o que é o contraturno escolar?

Seja para complementar as aulas regulares, seja para propor atividades extracurriculares, o contraturno escolar é uma ótima forma de se diferenciar no mercado educacional.

Contraturno escolar é o período correspondente ao horário livre dos estudantes. Isto é: quando eles não têm as aulas regulares na escola e podem fazer atividades de lazer, praticar um esporte, aprender um novo idioma, fazer reforço acadêmico etc. 

Para aproveitar esse momento, muitas instituições criam cursos extracurriculares ou programas que trabalham o desenvolvimento de novas habilidades pelas crianças e adolescentes. 

Outras escolas também usam o período para complementar as práticas curriculares, algo muito útil quando se trata do Novo Ensino Médio. Afinal, agora são 3.000 horas de conteúdo (1.800 do ciclo comum e 1.200 dos itinerários)  divididas ao longo de três anos. 

E essa ampliação de carga horária, vem deixando muitos gestores preocupados sobre como ajustar as aulas dentro da rotina acadêmica. 

Nos próximos tópicos, vamos conversar mais sobre esta questão e nos aprofundar no conceito do contraturno.

Qual a importância do contraturno escolar?

Toda instituição de ensino deveria investir em atividades no contraturno, pois isso traz diversos benefícios para os alunos e também para a escola. 

Pelo ponto de vista do estudante, ter opções extracurriculares no local onde estuda contribui para a socialização, já que ele passará mais tempo ao lado dos amigos e paralelamente pode ampliar seus conhecimentos realizando algo que seja do seu interesse.

Dependendo da atividade escolhida, o adolescente consegue colocar em prática os conteúdos aprendidos nas aulas regulares, o que melhora o desempenho acadêmico. 

As atividades do contraturno escolar também ajudam a organizar a rotina familiar. Isso porque a maior parte dos pais trabalha 40h semanais e não consegue dar tanta atenção para os filhos ao longo do dia. 

Assim, é importante ter um local seguro onde os familiares possam deixar o jovem, sabendo que ele será bem acompanhado e estará ocupando o tempo de forma construtiva. 

No que se refere à própria escola, investir no contraturno é uma excelente maneira de se diferenciar no mercado educacional e, ao mesmo tempo, criar uma fonte de receita extra. 

Dependendo da estrutura da instituição, é possível oferecer atividades esportivas, como natação, vôlei, futebol, basquete etc; programas culturais, como aulas de teatro, música, canto e dança; aulas de reforço; programas tecnológicos, entre outros. 

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As principais dificuldades enfrentadas na inserção do contraturno escolar

O planejamento é fundamental na hora de implementar o contraturno escolar. Estrutura do local, recursos e equipe devem ser debatidos entre a gestão escolar para que a estratégia traga benefícios para a instituição.

As escolas enfrentam muitas dificuldades diárias e não seria diferente na inserção do contraturno escolar. Em especial, se isso for uma novidade na rotina da instituição. 

Sendo assim, é importante reconhecer esses problemas e, a partir daí, criar estratégias para solucioná-los.

Tendo isso em mente, selecionamos os desafios mais comuns com os quais as instituições precisam lidar quando o assunto é contraturno. 

Falta de espaço para realizar as atividades

Dependendo da rotina e da infraestrutura da escola, pode ser que não haja espaço para colocar em prática as atividades planejadas. 

Uma instituição que tem aulas regulares nos dois turnos, por exemplo, precisa avaliar se existem salas vazias para atender os estudantes do contraturno. 

Ao mesmo tempo, se a escola quer promover escolinhas de esportes, precisa ter quadra, campo de futebol ou piscina, dependendo da atividade proposta. 

Se você perceber que o local onde atua não possui capacidade para realizar determinadas ações no contraturno escolar, há dois caminhos a seguir: investir na ampliação/reforma da instituição ou buscar atividades que se adequem à estrutura atual da escola. 

Equipe insuficiente para atender à demanda do contraturno escolar

Para que você consiga implementar o contraturno, é indispensável ter profissionais capacitados para acompanhar os estudantes. Todavia, a equipe atual da sua escola consegue dar conta desse novo período de atividades?

Nem toda instituição possui professores disponíveis para atuar no período contrário às aulas regulares. Além disso, se você for oferecer programas específicos, como robótica, teatro, dança etc., talvez nem haja docentes com essas habilitações no quadro de colaboradores.

Outro ponto importante é que, caso vá oferecer aulas de reforço no contraturno, o professor responsável por essa atividade não deve ser o mesmo das aulas regulares. Afinal, ter contato com outras formas de ensinar tende a ajudar o aluno com dificuldade. 

Tendo todos esses pontos em mente, você precisa conversar com os professores que compõem o quadro atual e, caso necessário, contratar mais profissionais para dar conta da nova demanda.    

Falta de planejamento sobre quais atividades serão oferecidas

Muitas escolas, na empolgação de oferecer atividades no contraturno, não realizam o planejamento adequado. Como consequência, as ações ficam desorganizadas e não dão o resultado positivo esperado, nem para os alunos nem para a instituição. 

Desse modo, é preciso definir com atenção quais ações serão disponibilizadas, em quais dias da semana, quais professores ficarão responsáveis por elas, entre outras questões. 

Resistência dos estudantes 

Dependendo da proposta do contraturno escolar, em especial se envolver atividades acadêmicas, isso pode causar desinteresse dos estudantes. Afinal, se as ações não forem apresentadas de maneira atrativa, os jovens tendem a vê-las como algo chato ou igual às aulas regulares. 

Sendo assim, converse com os alunos e escute a opinião deles sobre quais programas gostariam de ver no contraturno. 

Incentivar essa participação, além de despertar o interesse dos jovens, também os coloca como protagonistas do processo de ensino. Isso é algo extremamente valorizado dentro da perspectiva do Novo Ensino Médio. 

Caso já tenha atividades planejadas, desenvolva-as dando ênfase no aprendizado prático ou na construção de projetos. Assim, a construção do conhecimento torna-se dinâmica. 

Por que inserir o contraturno escolar no Novo Ensino Médio?

Implementar o contraturno escolar contribui para o desenvolvimento pessoal e acadêmico dos alunos, bem como para a instituição, trazendo inovação e uma oportunidade a mais de ampliar a receita.  

Como mencionamos anteriormente, o Novo Ensino Médio tem uma expansão de carga horária, e isso afeta a forma como as instituições precisam organizar as disciplinas. 

Diante dessa realidade, algumas escolas devem adotar o período integral para dar conta das mudanças. Porém, outra opção, talvez mais interessante, é investir no contraturno escolar. Afinal, este modelo dá maior flexibilidade ao aluno, pois ele tende a ter alguns turnos livres durante a semana. 

O que ocorre é que muitas instituições definem dois a três dias com atividades obrigatórias no contraturno e, no restante da semana, os programas são opcionais. 

Dessa maneira, o colégio incentiva a participação do jovem, porém sem sobrecarregá-lo. 

O contraturno e os itinerários formativos

Os itinerários formativos correspondem a, no mínimo, 1.200 horas  (divididas ao longo de três anos) da carga horária total do Ensino Médio. Eles representam a parte flexível do currículo, na qual o aluno pode escolher a área do conhecimento em que deseja se aprofundar. 

De modo geral, os itinerários englobam projetos, oficinas, grupos de estudo e até mesmo uma formação técnica profissional. A ideia é estimular o protagonismo do aluno, fazendo com que ele se desenvolva tanto em termos pessoais quanto academicamente. 

De acordo com a BNCC, cada itinerário deve abordar pelo menos um dos quatro pontos a seguir:

  • investigação científica;
  • processos criativos (incluindo arte, cultura e mídias);
  • mediação e intervenção sociocultural (explorando a solução de problemas como foco nas relações entre sociedade e meio ambiente);
  • empreendedorismo.

Compreendendo todas essas questões, muitas escolas usam o contraturno para organizar as atividades que compõem os itinerários formativos. Assim, no turno regular ocorrem as aulas da formação geral básica e, no turno contrário, os conteúdos de escolha flexível do estudante.

Isso facilita bastante a disposição da carga horária, bem como dá possibilidades da escola inovar nos programas oferecidos. Afinal, ela pode, até mesmo, promover atividades fora da área da instituição. 

É possível, por exemplo, fazer parceria com um museu e organizar algumas das ações com os alunos lá. O mesmo vale para algum centro científico, startup, teatro etc. 

Conte com o SAS Educação

Caso precise de ajuda para implementar o contraturno escolar com as suas turmas do Ensino Médio, entre em contato com a consultoria do SAS Educação. Nós possuímos profissionais especializados prontos para orientar gestores e professores nesse processo. 

Além disso, contamos com soluções para diversas outras situações acadêmicas. Entre elas, estão:

  • a plataforma SASTV, onde o aluno pode exercitar a prática de redações;
  • os simulados SAS, que ajudam os jovens a se preparar para as provas do Enem e de importantes universidades, como Fuvest e Unicamp;
  • a coleção pré-universitária, que é específica para os estudantes do 3º ano do Ensino Médio e foca na resolução de problemas do cotidiano;
  • uma plataforma digital personalizada, onde o aluno tem acesso a aulas digitais, exercícios e jogos educativos;
  • material didático que acompanha as novas recomendações da BNCC;
  • um programa de formação continuada para professores.

Você também pode consumir os diversos conteúdos aqui do blog e acessar nossos e-books gratuitos. Sempre criamos materiais com informações relevantes para as instituições de ensino, que as auxiliam a compreender mudanças no setor educacional e seguir em busca da excelência no ensino.

Caso queira ter acesso a esses dados, acesse a aba “gestão escolar” do nosso blog e confira todos os conteúdos que criamos especialmente para os gestores.