Volta às aulas: o que muda no ambiente escolar?

Especialistas falam sobre os principais desafios das escolas na adequação do ambiente escolar, para a volta às aulas presencias. 

Na situação atual, onde algumas escolas ainda permanecem de portas fechadas, e outras, já começaram a retomar, aos poucos, suas atividades presenciais, muitas dúvidas surgem em relação a como adequar o ambiente escolar, para além dos protocolos de segurança e saúde. Afinal, existem diversos fatores que a gestão escolar precisa considerar nessa difícil decisão. 

Neste artigo, traremos um pouco do bate-papo do SAS Cast, que recebeu a Ciça Gorski, arquiteta paisagista e diretora da Barbieri + Gorski Arquitetos Associados, o médico sanitarista e professor da Faculdade de Medicina do Centro Universitário São Camilo e da Unimax, Sérgio Zanetta, e a Consultora Pedagógica do SAS, Geise Alves, para conversarem sobre os principais pontos de atenção que a escola deve ter quando o assunto é ambiente escolar e espaço físico. 

Qual a importância do espaço na escola, e quais são as principais mudanças impostas pela pandemia? 

Neste aspecto, Ciça traz a questão do adensamento das cidades, onde as escolas podem servir como ilhas de contato com a natureza, sociabilidade e acolhimento, olhando para o conforto térmico. No contexto atual, com regiões do Brasil passando por ondas de intenso calor, será preciso rever a questão do ar-condicionado, uma vez que existem outras maneiras de se obter conforto térmico, sem depender do ar-condicionado, que reduz a circulação de ar e requer limpeza constante do filtro. Uma das vantagens que as escolas com mais espaço têm nesse momento, é trazer as crianças para espaços mais abertos, ao ar livre. 

Sérgio, por sua vez, faz a ressalva de que, em cidades metropolitanas, é mais difícil encontrar esses ambientes mais amplos, recomendando que as escolas procurem olhar com criticidade esse aspecto, que pode aumentar a transmissão do vírus. 

Quais seriam os pontos de atenção nesses espaços? 

Para Sérgio, é super importante que as escolas encontrem um caminho que faça sentido para retomarem as aulas presenciais, de modo que entendam a rotina de higienização mais adequada ou os melhores protocolos para o uso de máscara. Além disso, ele pondera que as escolas precisam avaliar os benefícios e os desafios para alunos, professores e equipe pedagógica, no retorno às aulas presenciais ainda neste ano, a fim de garantir um ambiente escolar seguro a todos. 

Quais os primeiros passos que a escola deve tomar nessa volta às aulas, em relação a protocolos e execução? 

De acordo com Sérgio, todas as medidas precisam buscar oferecer mais segurança aos alunos e professores. Ele cita que é importante, por exemplo, priorizar o distanciamento, que é fator fundamental para diminuir a transmissão, bem como exigir o uso de máscara, lavagem constante das mãos, etc. Ou seja, medidas que diminuam a vulnerabilidade das pessoas ao vírus. Além disso, ele aponta para a necessidade da escola se atentar para o transporte escolar, entendendo como o aluno vai à escola, bem como se os pais já retornaram ao trabalho presencial, ou se seguem em isolamento. 

Todas essas medidas exigem muito planejamento e investimento por parte das escolas, por isso, é essencial que a escola tome a decisão já com esses pontos bem definidos, mapeados e alinhados junto à equipe. 

Para concluir, Geise traz na fala as inovações de tecnologia educacional do SAS, desenvolvidas para que as escolas tenham facilidade em conduzir o ensino remoto, ressaltando os principais desafios e oportunidades do ensino-aprendizagem nesse período. 

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