Atualizado em 29 de setembro | 2021 por
No 4º episódio do PodCompartilhar, série especial do SAS Cast sobre Projeto de Vida, o psicólogo Henrique Angelo e a psicóloga Daniele Kramm abordam como os pais e responsáveis podem desenvolver a autoestima dos jovens.
Desenvolver habilidades socioemocionais é tão importante quanto treinar competências técnicas. Isso porque o conjunto de ambos constitui uma personalidade capaz de fazer escolhas que estejam alinhadas com a sua motivação pessoal.
A autoestima é um dos fatores que contribui nesse processo, por isso, no quarto episódio do PodCompartilhar, série de podcasts do SAS Cast, que funciona como um canal aberto de conversa com os familiares de nossos alunos para discutir o Projeto de Vida dos jovens, o psicólogo Henrique Angelo, especialista em aprendizagem e orientação parental, conversa com a psicóloga Daniele Kramm, mestre e doutora em psicologia da educação sobre como desenvolver a autoestima de crianças e adolescentes.
Veja os principais aspectos abordados neste episódio:
No início do episódio, Daniele esclarece a diferença entre autoestima e autoconfiança. Autoconfiança é um componente da autoestima que está ligado a ter confiança em determinadas atividades. É ela que ajuda cada pessoa a resistir aos pequenos tropeços. A autoestima, como o próprio nome indica, é mais global. Significa gostar de si, olhar para si e para as coisas que faz, apreciando aquilo que vê.
Henrique explica que para construir autoconfiança é necessário começar com situações com mais chances de sucesso. E, então, desafiar-se cada vez, à medida em que o desempenho melhora.
Daniele complementa a explicação dizendo que a autoestima envolve um grande grupo de comportamentos, como aceitar e ter confiança em si mesmo, saber reconhecer e controlar suas emoções, encarar de maneira positiva conflitos, afirmar-se diante dos outros e ter liberdade para tomar decisões assertivas. Autoestima está ligada a sentimentos.
Os sentimentos não são abstratos e inacessíveis, eles se manifestam através da interação com o mundo. É a partir do contato com os outros que a autoestima se constrói. Por isso, ela ressalta que é tão importante ensinar, o quanto antes, aos filhos e filhas a perceberem e identificarem seus sentimentos. Também traz alguns exemplos sobre como pode ser desenvolvida essa percepção dos sentimentos, nomeando-os.
Como facilitar a construção da autoestima?
A psicóloga alerta que, antes de pensar em como contribuir com o desenvolvimento da autoestima, vale refletir sobre como não dificultar que os jovens a desenvolvam. Para isso, ela explica que é fundamental atentar-se para as críticas, ressaltando que o foco deve ser a ação, e não a pessoa. Diversos estudos já comprovaram que ambientes hostis podem levar o jovem a se sentir desvalorizado e culpado por não conseguir alcançar o respeito em seu ambiente social.
Brigas, críticas excessivas, castigos e outros tipos de punições fazem a pessoa se ver de maneira inadequada e acreditar mais no que os outros dizem a seu respeito. Por isso, um ambiente de respeito é muito importante para o desenvolvimento da autoestima.
Sobre o que os pais podem fazer no dia a dia para favorecer a autoestima, Daniele sugere a inclusão de diálogos que reflitam claramente o reconhecimento na rotina da família. O jovem aprende que ele é capaz e pode fazer coisas que fazem bem para si e para o outro. Nesse caso, é importante lembrar que esse reconhecimento não pode acontecer somente relacionado a ações, é importante reconhecer características positivas nele. O diálogo positivo ajuda a construir mais intimidade e facilita, inclusive, a tratar de assuntos complicados.
Uma ação adicional é validar os sentimentos do filho, transmitindo compreensão e acolhimento, contribuindo para que ele se sinta aceito e respeitado. Esse é o primeiro passo para encorajá-lo a superar as dificuldades. Logo depois, é possível incentivá-lo a tentar, mas sempre deixando claro que, se não der certo, poderá contar com o apoio familiar.
Como identificar problemas de autoestima?
Henrique encerra o podcast perguntando como identificar problemas de autoestima em crianças ou adolescentes. A psicóloga explica quais situações são indicativos:
- quando conseguimos nos aceitar, mas temos dificuldade para aceitar o outro;
- quando não nos aceitamos nem aceitamos o outro;
- ou quando aceitamos o outro, mas não nos aceitamos.
Similarmente, uma pessoa tem boa autoestima quando consegue se aceitar, reconhecendo seus limites e o seu valor, e aceitar aos outros, também respeitando seus limites e valores. Ela finaliza dizendo que esse sentimento é fortalecido quando conseguimos proporcionar um ambiente de abertura e escuta para os filhos e filhas.
Do ponto de vista dos jovens, quanto maior a sua autoestima, melhor ele será capaz de lidar com as dificuldades da vida, de estabelecer e manter relações mais saudáveis e de tratar os outros com respeito, simplesmente pelo fato de poder ser exatamente do jeito que ele é.
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