Atualizado em 30 de novembro | 2023 por Ademar Celedônio

Em novembro de 2022, há um ano, o mundo testemunhou um marco na história da Inteligência Artificial com o lançamento do ChatGPT 3.5, uma tecnologia de IA generativa avançada e acessível globalmente. Esse evento não apenas destacou as capacidades já existentes das IAs generativas, mas também acelerou um movimento competitivo, impulsionando diversas empresas a desenvolver e lançar suas próprias soluções. Esta onda de inovação reverberou por várias indústrias, todas em uma corrida para se adaptar e integrar essa tecnologia transformadora em suas operações e estratégias. A educação, um setor fundamental para o desenvolvimento e preparação das futuras gerações, não poderia ficar à margem dessa evolução. Instituições educacionais, reconhecendo o potencial imenso das IAs generativas, começaram a explorar formas de incorporar essas ferramentas em seus currículos e métodos pedagógicos, buscando alinhar-se com as exigências e oportunidades criadas por essa revolução tecnológica.

A Inteligência Artificial (IA) no cenário educacional moderno promove transformações significativas, tanto em aspectos tecnológicos quanto pedagógicos. Neste contexto, trazemos uma reflexão acerca da integração da IA em currículos educacionais, visando preparar alunos de diferentes faixas etárias – ensino médio, anos iniciais e educação infantil – para um futuro marcado por essa tecnologia. Na era da IA, existem muitos desafios educacionais, sendo um dos principais deles se adaptar às novas realidades digitais, tornando a educação mais receptiva, adaptável e alinhada às demandas do século XXI, com ênfase na importância da educação midiática.

Dessa forma, reforçamos a importância da educação midiática, essencial em um mundo dominado pela IA e tecnologia, que prepara estudantes para serem conscientes na era digital. É fundamental ensinar a avaliar criticamente as informações online, discernindo entre fontes confiáveis e desinformação. Os alunos precisam compreender como os algoritmos e IA moldam o conteúdo online e o uso de dados pessoais, abordando personalização, privacidade e segurança. Questões como saúde mental, cyberbullying e a construção de uma identidade digital responsável são centrais, além do uso responsável das mídias sociais.

Professora elaborando um plano de aula usando a tecnologia na educação infantil


Um plano de aula usando a tecnologia na educação infantil bem estruturado auxilia gestores, professores e alunos na construção de novos conhecimentos.

A educação midiática também enfatiza habilidades de comunicação digital, etiqueta na internet e respeito nas interações online. É vital entender o impacto amplo da tecnologia e da IA na sociedade, incluindo considerações éticas, legais e sociais. Além disso, a resiliência digital é um aspecto crucial, ensinando estratégias para lidar com desafios como a sobrecarga de informações e a dependência tecnológica.

Ainda no eixo de responsabilidade, os estudantes também devem aprender a criar conteúdo digital de forma ética, entendendo direitos autorais, compartilhamento de informações e todos os pontos éticos necessários para utilizar a IA na criação de conteúdo. A educação sobre propaganda e persuasão digital é crucial, ensinando-os a reconhecer táticas usadas em publicidade digital, muitas vezes potencializadas pela IA.

No ensino médio, a preparação para um mercado de trabalho influenciado pela IA envolve a integração de habilidades técnicas, como programação e análise de dados, além do desenvolvimento de soft skills. Projetos interdisciplinares e parcerias externas proporcionam experiências práticas com IA abrangendo áreas como monitoramento ambiental, agricultura sustentável, simulações de impacto ambiental e desenvolvimento de apps para conscientização ambiental.

Já no Ensino Fundamental, para alunos de 9 a 14 anos, a introdução da IA deve ser lúdica, baseada em jogos educativos, projetos de robótica e histórias interativas, preparando-os para conceitos mais avançados. Na educação infantil, a tecnologia deve ser integrada com equilíbrio, priorizando atividades interativas sem tela, uso consciente de aplicativos, integração com atividades ao ar livre e tecnologia como ferramenta de narrativa.

Por fim, repensar currículos e metodologias na era da IA é essencial para preparar os alunos para um futuro tecnológico. A formação contínua de professores e a abertura de gestores escolares para incorporar IA no cotidiano das escolas são fundamentais, assim como o diálogo contínuo entre educadores, alunos, pais e a comunidade tecnológica. É comum que existam dúvidas a respeito de sua utilização, mas esses espaços de troca são seguros e podem fomentar um processo de ensino e aprendizagem cada vez mais inovador, integrando o uso de novas ferramentas, e não as excluindo. Assim, garantem uma transição eficaz para currículos enriquecidos pela IA.

Conte com a SAS!

Caso a instituição onde você atue tenha um modelo de ensino muito tradicional, vale a pena buscar orientação de profissionais da área pedagógica. Uma boa alternativa é procurar uma consultoria em Educação, como a ofertada aqui pelo SAS Plataforma de Educação. 

Enquanto isso, continue acompanhando os conteúdos exclusivos publicados em nosso blog. Indicamos, em especial, os materiais da categoria gestão escolar, onde há sempre textos novos com várias dicas para os gestores. 

Autor

Ademar Celedônio: Diretor de Ensino e Inovações do SAS Plataforma de Educação.
Professor de Matemática e autor de material didático. Acumula experiência de 30 anos no setor de Educação Básica como professor, coordenador, diretor e palestrante especializado em Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e políticas públicas para Educação. Foi diretor do Colégio Ari de Sá por 10 anos e atua no SAS Plataforma de Educação desde 2015.