Atualizado em 29 de setembro | 2021 por
A pandemia afetou a rotina de todos e, com a paralisação de diversos setores, o acúmulo de responsabilidades dentro do lar tem forçado pais e responsáveis a dividir sua atenção entre home office e ensino remoto dos filhos, assumindo um novo papel no processo de ensino-aprendizagem do aluno.
De repente, tudo mudou. Em um piscar de olhos, tivemos que rever e readaptar a nossa rotina, dentro de um contexto de distanciamento social em todas as atividades, seja de trabalho, de escola dos filhos, ou de interações sociais. Desde que a paralisação das atividades escolares presenciais foi decretada, as instituições de Educação Básica têm enfrentado desafios para adaptar suas atividades ao ensino remoto. As famílias, por sua vez, estão se empenhando para dar conta da nova rotina: home office, manutenção da casa, apoio aos filhos nas atividades escolares a distância, lazer, etc. Tudo isso reservado, apenas, ao espaço físico dos lares.
Diante disso, de que maneira os pais podem efetivamente contribuir para a aprendizagem dos filhos no ensino remoto? Como conciliar trabalho e acompanhamento das crianças em tempo integral? Enquanto as escolas ainda se adaptam e os professores buscam se apropriar de ferramentas digitais para possibilitar e acompanhar a aprendizagem, as famílias se veem em um momento inédito de convívio nas 24 horas do dia.
Vale ressaltar que a aprendizagem formal ocorre em momentos sistematizados, e a aprendizagem informal ocorre nas diversas interações diárias entre as pessoas. Os alunos precisam do conteúdo curricular para enfrentar os problemas reais, tais como provas, ENEM, vestibulares e outras avaliações. No entanto, é nas interações, na afetividade dos vínculos, no apoio que recebem da família, que eles têm o impulso para aprender a lidar com essa modalidade de aprendizagem remota, imposta por este contexto tão singular em que vivemos atualmente.
Sendo assim, as relações familiares representam o grande apoio emocional para o enfrentamento desse desafio para o aluno, principalmente, para os estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental Anos Iniciais, que ainda não possuem autonomia e autorresponsabilidade suficientes para realizarem atividades sem o auxílio dos pais. Questões, como vínculo, afeto, limites e aceitação do momento presente, são cruciais para chegarmos ao final dessa fase com a saúde emocional em equilíbrio e garantindo menores danos ao aprendizado dos alunos.
Para auxiliarem os filhos nesse processo, os pais precisam, primeiramente, estar de bem consigo mesmos. Autocuidado e resiliência são fundamentais.
Vejamos 12 dicas importantes que podemos repassar aos pais, para ajudá-los a enfrentar esse cenário da melhor forma possível:
- Fortaleça a relação afetuosa com seus filhos, aproveite essa proximidade física integral.
- Busque conhecer melhor o seu filho e permita que ele conheça você.
- Conte com a ajuda dele para organizar a sua rotina e a dele. Lembre-se de que o exemplo também ensina. Procure praticar essa ação sempre na véspera de cada dia.
- Ao final de cada dia, faça uma análise dos acontecimentos e celebre cada pequena conquista.
- Inclua pausas durante o dia para descansar a mente e esticar o corpo.
- Reserve um momento para realizar as refeições em família.
- Abuse do autocuidado: pratique atividades físicas, ouça músicas, assista filmes, medite, ou seja, pratique tudo aquilo que possa melhorar seu bem-estar.
- Dedique tempo para brincar e conversar com seus filhos, para que se divirtam juntos.
- Não reduza a convivência aos momentos de auxílio nas tarefas escolares e busque intervir quando necessário.
- Estimule a continuidade e a manutenção do vínculo professor-aluno, pois ela é fundamental. Lembre-se de que a qualidade dessa relação nesse momento de distanciamento social é o que vai contribuir para uma aprendizagem qualitativa. Além disso, no retorno às aulas presenciais, esse vínculo cultivado hoje vai ajudar o aluno a enfrentar a readaptação à rotina regular.
- Conheça os canais de comunicação dos seus filhos com a escola, professores, amigos e incentive os contatos e interações constantes.
- Use a criatividade junto com os filhos, fazendo ajustes na disposição dos móveis na casa, cozinhando juntos, experimentando novos pratos, revisitando itens que não são mais usados em casa, etc.
Ao final desse período turbulento, o que ficará será a aprendizagem construída em conjunto nas famílias e o fortalecimento emocional que pudermos possibilitar aos jovens aprendizes, por meio do afeto no enfrentamento ao isolamento domiciliar. No final das contas, esse momento também abre novas perspectivas nos rumos da Educação e na valorização das relações interpessoais.
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