Atualizado em 25 de agosto | 2022 por
Há alguns anos, o processo escolar voltava-se inteiramente para as habilidades cognitivas. Porém, nos dias de hoje, o desenvolvimento socioemocional ganha destaque no currículo e a própria BNCC aborda o assunto de forma ampla em seu texto.
Na verdade, a Base lista competências que que trabalham de forma direta ou indireta o desenvolvimento socioemocional com os alunos. Além disso, os aspectos socioemocionais também aparecem nas dez competências gerais que guiam a educação básica.
Mas, afinal, por que o desenvolvimento socioemocional é assim tão importante? E quais ações sua escola pode colocar em prática para aplicar tal conceito na sala de aula?
Se estas dúvidas também passam pela sua mente, acompanhe o post de hoje, pois preparamos um material exclusivo para você. Boa leitura!
O que é desenvolvimento socioemocional?
Desenvolvimento socioemocional é o processo por meio do qual crianças e adultos aprendem a gerenciar as próprias emoções e lidar com as emoções das pessoas ao seu redor. Para isso, é importante trabalhar, entre outras questões, habilidades como empatia e autoconhecimento.
Os aspectos socioemocionais estão vinculados às chamadas soft skills, algo cada vez mais valorizado no mercado profissional. E, no contexto educacional, esses pontos vêm ganhando igual relevância. Afinal a BNCC preconiza o desenvolvimento dessas aptidões desde a educação infantil.
No cotidiano, alunos com um bom desenvolvimento socioemocional conseguem conviver melhor com os colegas e lidar com desafios cotidianos. Como consequência, seu desempenho acadêmico também melhora.
De acordo com a BNCC, as cinco principais competências que a escola deve desenvolver junto com os estudantes são:
- autoconhecimento: capacidade de entender suas próprias emoções e avaliar seus pontos fortes e fracos;
- autocontrole: habilidade de se automotivar, controlar os impulsos, definir metas, ter planejamento e organização.
- consciência social: envolve a relação do estudante com o próximo, levando em conta empatia, respeito e aceitação da diversidade;
- habilidades de relacionamento: envolve ações de escuta ativa, comunicação clara e cooperação com os colegas;
- tomada de decisão responsável: capacidade de realizar escolhas pessoais, levando em conta padrões éticos e morais.
Desenvolvimento socioemocional no contexto pós isolamento social
A pandemia do coronavírus afetou fortemente a sociedade e isso inclui as crianças e os adolescentes. Além das mudanças que esse grupo vivenciou na sua rotina familiar, também foi necessário lidar com transformações no processo de aprendizagem.
Tudo isso, se deve principalmente pelo fato de que as aulas migraram integralmente para o modelo à distância, o que gerou dificuldades em muitos estudantes. E é claro, também não podemos deixar de mencionar os problemas de ansiedade, desânimo, bem como possíveis traumas que possam ter enfrentado neste período de isolamento.
Diante desse cenário e agora que estamos no momento pós-pandemia e pós isolamento, trabalhar a questão socioemocional torna-se ainda mais importante. Isso porque os alunos estão vivendo um turbilhão de emoções e precisam aprender a lidar com elas.
Além disso, a escola deve ajudar os alunos a se readaptarem ao ensino presencial e à convivência constante com professores e colegas.
Para isso, é necessário trabalhar os medos, as dificuldades e os traumas pelos quais cada jovem passou. Todos esses pontos passam pelas competências socioemocionais.
Na prática, gestores e professores precisam atuar em conjunto desenvolvendo projetos que ajudem o aluno a se expressar, tomar decisões, realizar atividades em grupo e etc. Tudo em consonância com o planejamento anual e os planos de aula.
Mediando competências socioemocionais no contexto da sala de aula
O professor é quem mantém contato direto com os estudantes. Portanto, ele é o principal responsável por aplicar ações voltadas ao desenvolvimento socioemocional e sua função é mediar os processos, sempre tendo em mente as orientações da Base Nacional Comum Curricular.
Além disso, exige-se do educador que ele ajude o aluno a colocar em prática habilidades e atitudes essenciais para o convívio em sociedade. Mas, como fazer isso?
A seguir, separamos alguns pontos que servem de guia para o trabalho do docente na hora de transpor as competências socioemocionais para o cotidiano das aulas.
Os pontos estão listados na BNCC e seguem a visão de Marcos Meier e Sandra Garcia, especialistas na área da Educação.
Intencionalidade e reciprocidade
Aqui a ideia é que o professor sempre trabalhe com metas claras junto aos estudantes. Isso faz com que a criança ou o adolescente saiba o que é esperado dele e, desse modo, consiga responder de modo mais eficiente.
Em suma, esse tipo de postura melhora o relacionamento dentro da sala de aula, gerando reciprocidade.
Significado
O professor precisa fazer com que os estudantes entendam o significado, ou seja, o motivo de estarem estudando determinado assunto. Para isso, deve apresentar o conteúdo com clareza, sempre relacionando-o com a realidade.
Além disso, é importante questionar regularmente se todos na turma entenderam o que foi dito e estar disponível para responder dúvidas.
Transcendência
As abordagens de aprendizagem devem transcender o “aqui e agora”. Ou seja, o professor precisa levar o estudante a refletir criticamente sobre o conteúdo estudado, inclusive relacionando-o com situações do presente e do passado. Este tipo de atitude é indispensável para pensar fora da caixa
Competência
O aluno tem papel ativo na sala de aula. Portanto, a escola precisa proporcionar um ambiente onde ele possa se expressar, tirar dúvidas e questionar. Tudo isso faz com que a criança e o adolescente sintam-se capazes e não meros expectadores do que o professor fala.
A questão da competência é muito importante para elevar a autoestima e também melhora o processo de aprendizagem, pois gera mais engajamento e motivação.
Regulagem e controle do comportamento
O professor deve ajudar o aluno a controlar suas emoções e lidar com diferentes situações cotidianas, incluindo as que envolvem momentos de estresse. O objetivo é fazer com que o jovem desenvolva ações cada vez mais assertivas.
Para colocar este ponto em prática, o docente pode investir em feedbacks e discussões reflexivas.
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O educador deve manter e reforçar o clima escolar de respeito, ajuda mútua e valorizar a importância do controle das emoções.
Também é importante fazer com que os alunos desenvolvam habilidades de comunicação, aprendendo a expressar ideias de forma clara e respeitosa.
Na sala de aula, esses pontos podem ser colocados em prática por meio de debates e projetos que envolvam a troca de ideias.
Individualização e diferenciação psicológica
Os professores devem valorizar as diferenças e tratar cada aluno como um indivíduo único. Esse tipo de postura faz com que o estudante se sinta acolhido por quem ele é. Consequentemente, ensina-o a respeitar o próximo e desenvolver empatia na hora de se relacionar com as pessoas.
Planejamento e busca por objetivos
O educador pode auxiliar o aluno em seu processo de desenvolvimento e planejamento pessoal. Ou seja, na sala de aula, é importante fazer com que o estudante crie metas de curto, médio e longo prazo, sempre considerando objetividade, clareza e respeito ao próximo.
Depois da identificação das metas, o professor deve orientar sobre os melhores caminhos e ações para que a criança ou o adolescente alcance o que deseja.
Na prática, também vale a pena investir em projetos que foquem no desenvolvimento de habilidades de estratégia e análise. Afinal, elas vão ajudar a colocar em prática o que acabamos de mencionar.
Consciência da modificabilidade
É papel do professor mostrar ao aluno diferentes maneiras de resolver um problema ou compreender um assunto. O objetivo aqui é incentivar a criança e o adolescente a pensar fora da caixa e trabalhar a autonomia.
A questão da modificabilidade também diz respeito ao apoio do docente para com o aprendizado do estudante. Ou seja, é necessário buscar metodologias e estratégias diferentes na hora do ensino. Em especial, quando se percebe que o aluno apresenta dificuldades para dominar um conteúdo.
Sentimento de pertencimento
O professor deve fazer com que o estudante se sinta pertencente à turma e à escola onde estuda.
Por meio de atividades, o docente precisa ajudar a criança ou o adolescente a identificar suas próprias características, assim como das pessoas que convivem com ele.
O objetivo é notar as similaridades e as diferenças que existem dentro de um grupo e como isso contribui para o enriquecimento do coletivo.
A partir dessa compreensão, o aluno consegue ter mais autoconfiança para fazer amizades e se relacionar com pessoas que ainda não conhece.
Construção do vínculo
Outro ponto que você deve observar na hora de trabalhar o desenvolvimento socioemocional é a construção do vínculo.
Em resumo, o professor deve criar uma relação genuína com seus alunos, transmitindo confiança e acolhimento. Essas características são percebidas pela turma e gera conectividade. Como consequência, os estudantes tendem a achar as aulas mais atrativas, gerando mais engajamento.
Conte com o SAS Educação para te auxiliar nessa jornada
Como deu para perceber, o desenvolvimento socioemocional é um tema extremamente amplo e pode ser abordado de diferentes maneiras na instituição de ensino.
Enquanto gestor, seu papel é guiar o docente e esclarecer possíveis dúvidas sobre como deve ser o trabalho das competências socioemocionais. Aqui apresentamos os pontos que aparecem como referência na BNCC.
Entretanto, caso necessite de uma orientação maior, você pode entrar em contato conosco. Nós possuímos um serviço de consultoria para ajudá-lo em todo o processo pedagógico e gerencial.
Além disso, oferecemos diversas soluções educacionais, como:
- livros didáticos personalizados;
- ferramentas tecnológicas, incluindo jogos educativos e aulas virtuais;
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Sendo assim, não perca tempo! Torne-se uma escola parceira do SAS e tenha suporte na jornada a caminho de uma educação de excelência.
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